Com quantos livros se faz um homem? Um encontro com o jornalista Fernando Bonassi.
Olá
pessoal...
Um pouco da minha experiência de leitora...
Sou louca
por livros. Livros abertos...onde as histórias nos tocam.Toda vez que leio um
livro, sinto-me outra pessoa. Quando eu era menina não podia comprar livros,
então me tornei "uma rata de
biblioteca", ficava muitas tardes abrindo livros, cheirando, tocando e
lendo-os, na companhia da Tia Lindaura que era quem cuidava da biblioteca da
escola, onde eu passava minhas tardes. Gosto de livrarias e de Sebos fico uma
vida toda por lá, nas horas em que permaneço nesses espaços. Eu sempre pensei
ser uma leitora assídua porque leio muitos livros por ano entre os teóricos e
os de escolha livre, entretanto ao assistir, recentemente, uma entrevista do Jô
Soares, encantei-me por ele ter afirmado ler mais de seis livros por semana.
Essa afirmação me deixou mais sedenta de leitura...
O último
livro que li foi "Água para Elefantes" que desvendou a face do circo
e da velhice como eu nunca pensava em conhecer. Nos últimos anos sempre estou
lendo um livro, acabo um, começo outro, às vezes, nem acabo e já começo outro,
coisa de gente doida por leitura. Em 2004, ingressei no estado, desde o início sempre
gostei muito de ler para os meus alunos, contar histórias sempre “faz” parte da
minha prática pedagógica e pessoal. Adoro ler histórias para os meus filhos
antes deles dormirem, todos os dias. Ler é viver muitas possibilidades de uma
mesma vida por meio das experiências dos outros. Escrever, sempre escrevi.
Quando era adolescente escrevia nos diários para colocar para fora os meus sentimentos,
minhas descobertas, incertezas. Escrevia para me entender, não escrevia para
ninguém ler, era para eu mesma refletir sobre a vida, pessoas e experiências!
Ao fazer 20 anos escrevi um texto intitulado – Duas Décadas. Imaginem ter 20
anos, só uma vez na vida fazemos vinte anos! E quinze também...Aos vinte e
cinco anos escrevi Metade de Meio Século e assim por diante. No ano passado,
fiz o Redefor e os exercícios de leitura e de escrita são intensos, devo
confessar que amei, foi uma das experiências que ainda hoje me toca, me
instiga. Ficaria o resto da minha vida aqui, nesse depoimento. Há tanto o que
partilhar, sei que como eu muitos de vocês também são assim. Então vamos uns
preenchendo os espaços vazios dos outros porque não é possível dizer tudo, nem
devemos! Fica aqui registrada apenas uma amostra. Escrever é entregar-se às
palavras e deixá-las dizer de várias formas os mesmos episódios de muitas vidas
porque só viver não basta. O que acham?
Beijos!
Professora
Marli.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirRecordações - leituras e escritas...
ResponderExcluirA minha viagem literária começa com o grande incentivo, em particular, de meus pais. Meus pais, mesmo em sua simplicidade, sempre fizeram de tudo para que eu estudasse. Não havia muitos livros em casa, só os que eram pedidos na escola. Sendo assim, meus pais se desdobravam para adquiri-los, porque não eram baratos. Diferente de hoje , que são oferecidos gratuitamente na rede pública. Eu adorava ler também gibis, mas com um detalhe: na casa da patroa de minha tia, quando eu a acompanhava em seu trabalho. Para mim era o máximo quando a filha da patroa deixava eu trazer um emprestado. Que aventura!
Meus avós também contribuiram muito para minha vida literária, pois contavam os famosos casos de assombração, lendas e outras historinhas, que eu amava.
Por ser muito calada e pacata, a leitura sempre foi minha companheira. Viajava nos livros e suas histórias. Era uma frequentadora assídua da biblioteca de minha escola - sempre escola pública. Naquela época se cobrava leitura obrigatória desde o sexto ano. Lia clássicos, como: Memórias de um Sargento de Mílicias, A Moreninha, Escrava Isaura, Dom Casmurro... enfim, de tudo, e adorava!
A escrita também foi algo que sempre me encantou e me acompanhou durante a vida, pelo mesmo motivo: ser calada e pacata. Adorava (e adoro!) passar para o papel o que sinto. Penso que o que se fala, pode ser esquecido, mas o que se escreve, fica para sempre.
Tenho alguns textos guardados, mas não costumo mostrar para as pessoas. Os mais belos que considero são os que escrevi (e ainda escrevo) sobre meu filho e a experiência de ser mãe. Quando engravidei, senti necessidade de registrar toda a emoção que sentia, e comecei a colocar no papel todo meu sentimento. São textos singelos, mas carregados de emoção. Procuro registrar desde as coisas mais simples que acontecem até aquelas mais grandiosas. Espero que um dia ele possa se emocionar comigo ao lermos juntos e perceber o quão importante é em minha vida.
Assim, apaixonada como sou pela leitura e escrita, confesso que a cada dia faço uma nova descoberta e tenho a oportunidade de desenvolver melhor a minha capacidade leitora e escritora.
Márcia Regina