terça-feira, 15 de maio de 2012

Relato Reflexivo..Sobre o curso Práticas.

Por mais que se pratique, práticas de leituras e de escrita são inesgotáveis!

Ao se iniciar um curso, expectativas são criadas, e de certo modo, posso afirmar que minhas expectativas foram atendidas e transportaram-me além das fronteiras do saber, já adquirido, não que tenha um acréscimo daquilo que eu já não sabia, porém praticar a teoria sempre nos proporciona reflexões sobre a maneira como fazemos, sobre as muitas possibilidades que temos para trilhar novos caminhos da aprendizagem. No início do curso ler os depoimentos de várias pessoas sobre a importância da leitura e da escrita em suas vidas foi muito instigante, porque nos faz pensar sobre a nossa própria relação com a escrita e a leitura, sobre as suas importâncias em nossas vidas, pelo menos para mim foi assim. Pude confirmar o lugar privilegiado que ocupam na minha formação e para minha vida pessoal. E lembro das palavras do Rubem Alves “eu mesmo sou o que sou pelos escritores que devorei...” penso que eu também só sou, quem sou, pelas leituras que realizei!
Refletir, sobre o que é ler e o que é escrever, é um exercício que não podemos esquecer de retomar sempre, pois é saudável para nossa formação confrontar nossos saberes a luz dos questionamentos que nos parecem tão sólidos e descobrimos a cada dia que podemos redirecionar nossos olhares. A entrevista com o professor Simão Pedro foi muito interessante, porque ele afirmou categoricamente que quando não se falar mais em importância das tecnologias no contexto escolar, essas tecnologias serão sim incorporadas, naturalmente. Sabemos que ainda temos um caminho extenso para dominar e apropriar-se de todos os recursos tecnológicos das TIC’s, a fim de utilizá-las didaticamente como instrumentos que propiciam a aprendizagem, e iniciativas em participar de cursos como esse, diminuem essa extensão.
A construção de um blog coletivo, e as muitas questões que permeiam a inserção neste diário, para quê? Por quê?   E Como? Têm reflexos em nossa prática, posto que, lidamos com a comunicação, e comunicar-se por meio de um blog é diferente da comunicação feita pelo telefone, pelo diálogo corpo a corpo, pela aula expositiva etc., dessa forma, incluem-se múltiplos letramentos, muitos modos de lidar com várias situações que são peculiares e específicas de usos da língua e da linguagem. O Blog um recurso de comunicação!
Outro aspecto importante foi pensar, refletir sobre o nosso papel de professor, colocar-se como sujeitos aprendentes e “ensinantes” que somos, nesta interação constante que se precisa permitir e garantir com os nossos alunos e com outros professores.
Colocar-se no papel de autor faz muito bem, porque é escrevendo que se aprende escrever, é lendo que aprende a ler, então nada como práticas de leitura e escrita. Produzir texto no contexto digital, compor o blog e as muitas outras atividades realizadas são exercícios importantes que desenvolvem nossas capacidades de leitura e de escrita, tão requeridas dos nossos alunos e mais ainda de nós mesmos.

                                 
                                                                                                         Professora Marli de Oliveira Geraldo.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Relato Reflexivo - por Marcelo Suwabe

O curso "Leitura e Escrita em Contexto Digital" foi um curso extremamente proveitoso para mim. Como sou geógrafo de formação, pude entender um pouco mais sobre as particularidades da leitura e escrita, dos gêneros textuais, da leitura nos diversos campos do conhecimento, do uso de blogs como suporte da escrita.
 
O formato do curso foi extremamente interessante, pois propiciou o uso de diversas ferramentas na aprendizagem dos conteúdos, tais como: fóruns de discussão, textos, vídeo, construção de blog, pesquisa na internet, troca de e-mails e recados. Também gostei da divisão em módulos, com tempo pré-determinado para início e fim. As atividades foram bem variadas e possibilitaram o desenvolvimento de diferentes habilidades.
 
Com certeza, a construção do blog coletivo foi um dos pontos altos do curso, uma vez que permitiu sentir na prática como é realizar uma atividade em grupo de forma totalmente virtual. Ninguém se conhecia pessoalmente, nem houve, em momento algum, o contato direto com os colegas do curso. Tudo foi feito através dos fóruns e troca de mensagens. Portanto, o trabalho coletivo virtual é uma realidade concreta e como tudo na vida, depende do empenho de cada um para que a aprendizagem de fato se concretize.

RELATO REFLEXIVO




RELATO REFLEXIVO SOBRE O CURSO "LEITURA E ESCRITA EM CONTEXTO DIGITAL 2012" - TURMA 52.


         É, amigos! Como vimos, cada vez mais estamos aprendendo! Blog! Quem diria que um dia saberia usá-lo! Que textos maravilhosos! Sou professora de Língua Portuguesa e percebi o quanto é importante uma leitura segmentada, com capacidades essenciais que nossos alunos precisam adquirir e serem conduzidos por nós. Quantas coisas interessantes aprendi com o texto de Roxane Rojo. Aliás, textos que pude levá-los as HTPC'S e a discussão foi muito boa. Percebi que a leitura não é uma "mera" leitura. Ela faz parte da viagem de "mundo" que fazemos. Que maravilha poder fazer um diálogo sobre um crime! Me senti uma investigadora de polícia! Interpretar textos a partir de um acomparação... É engraçado, pois já fazia isso inconscientemente e não me dava conta. Quanta colaboração tive dos meus colegas: Marcelo, Márcia Regina, Maria Augusta, Marli. Aliás, o Marcelo foi um "anjo" pra mim, pois não sabia como publicar minha história no nosso blog. Espero que possamos continuar a nos comunicar através dele, pois é mais uma ferramenta de comunicação que aprendi a utilizar. Obrigada a nossa tutora Flávia Regina pela paciência com que soube conduzir esse curso. Agradeço a todos vocês por isso!


WERTÂNIA ALVARENGA BASTOS

domingo, 13 de maio de 2012

Aprender...Aprender...Aprender...
 
O curso de formação continuada " Leitura e Escrita no Contexto Digital" foi de suma importância para minha aprendizagem pessoal quanto profissional, pois pude aperfeiçoar meus conhecimentos em leitura e escrita, principalmente, no contexto digital.
Fiquei mais segura quanto aos recursos tecnológicos .Isso foi de grande valia , porque apliquei muitas das atividades realizadas no curso em sala de aula e laboratório de informática, dessa forma os alunos foram beneficiados, pois as aulas ficaram mais atrativas.
Quanto ao ambiente online de formação conjunta foi muito prazeroso, pois interagimos com colegas de diferentes áreas de conhecimento, municípios e até estado.O grande desafio foi a construção do blog, pois exigiu a colaboração de todos.Foi algo que não dependia só de minhas habilidades. Foi necessário a realização de trabalho em equipe. Tive que conter minha ansiedade. Esperar. Solicitei parcerias com colegas dda escola a qual trabalho,companheiros de curso.Isso foi gratificante, pois houve uma verdadeira integração entre todos.Esse momento promoveu a aproximação de todos, inclusive de parceiros do trabalho.
Tive momentos de exaustão, mas com a graça do Divino Espírito Santo e com a colaboração de anjos amigos estou realizando esta reflexão final.
Obrigada a todos!!!!!!!! Vocês foram verdadeiros companheiros de curso. Espero encontrá-los nos próximos.
Maria Augusta
 
                                    Reflexões sobre o curso - Atividade Final
 
Sobre novas práticas de leitura, escrita e letramento na cibercultura posso dizer que está me oferecendo diversos novos conceitos e pontos de vista que estão me ajudando a perceber as tecnologias midiáticas como parceiras em minha profissão. Espero assimilar mais conhecimento para utilizar melhor as TICs, aprimorar a comunicação mediada por computadores- CMC. Um exemplo disso é a nova percepção que tenho das linguagens ou recursos linguísticos advindos do computador e da internet.
A linguagem nos novos meios de comunicação revela características inerentes a cada um deles. Isso fica bem claro na comunicação mediada por computadores. Quando essas máquinas começaram a surgir e até nos dias atuais, percebe-se que as mensagens por redes telemáticas se adaptam automaticamente, durante a sua construção, a tais aparelhos.
Assim, tais mensagens são produzidas, estocadas, enviadas e recebidas em ferramentas específicas e diversas de maneira síncrona (simultânea, como em um chat entre duas pessoas) e assíncrona (quando há intervalo entre emissão e recepção, como o e-mail), nessas novas mídias. Esse é um dos aspectos, entre vários, que o professor de língua portuguesa deve considerar em sua prática pedagógica no ensino de multiletramentos, linguagens e mídias. Tais ferramentas de CMC consideram os tipos ideais de que Max Weber trouxe em seus estudos.
Em outras palavras, de forma sistemática, a linguagem utilizada nas interações via CMC varia e se especializa devido aos padrões de interlocução – número de interlocutores envolvidos e direcionalidade da mensagem, como é o caso do fenômeno internets. Considerado erroneamente como uma nova língua, o que não o é, o "internetês" é uma forma rápida de grafar o veloz português oral. Ele é assim definido porque já se comprovou que nele não se constrói metaplasmo nem síncope, ou seja, não há mudanças relevantes que vão descaracterizar a língua portuguesa. É um recurso adequado com o meio tecnológico eletrônico, a ponto de identificar seus usuários devido  a recorrentes mudanças específicas na grafia quando utilizadas por tais usuários, como resposta, mediante determinadas práticas, às limitações e propiciações desses meios midiáticos.
Sabe-se que o uso "internetês" por determinadas comunidades foi vítima de confronto e polêmica por partes de grupos que não o usam, a ponto de haver movimentos de repressão a ele, como o “Eu sei escrever!”, devido a certo exagero de considerá-lo como um mal a língua oficial. Emoticons, pictogramas, rebus, miguxês, leet são objetos de estudos ricos para serem trabalhados em classe, de forma que a internet seja bem situado e debatido em sala de aula por professor com posição em bases realistas e bem informadas. Afinal, se o próprio português escrito é uma grafia alternativa para o português oral do quotidiano, por que o "internetês" não podem ser analisado como recurso discursivo no meio a que se propõe o seu uso?
Portanto, essa disciplina vem me causando curiosidade para que minhas aulas de leitura e compreensão textual se atualizem.
Saber da eficiência e eficácia de um blog, de uma pesquisa, de um e-mail e de um wiki foi muito bom para pensar como professor o uso de tais recursos nas aulas de língua portuguesa.. A construção coletiva de textos por meio do Wiki e blog, a necessidade de confiabilidade do conteúdo pesquisado, o uso do e-mail para contactar com outras instituições sociais também requer uma análise discursiva para que o aluno tenha noção de qual linguagem deve adotar de acordo com o seu interlocutor, a formal, o "internetês", a informal? Ou seja, há regras sociais no mundo virtuais tão comprometedoras e sérias quanto no mundo real. Chega a ser até meio difícil hoje em dia separar um aspecto do outro, haja vista o exemplo da aluna de Direito que está sendo processada por ser racista no twiter. Saber intercalar prática escritas, práticas sociais e práticas digitais é proporcionar para o aluno um ensino com maior significado e atualidade.
Portanto, tem me oferecido ampla ajuda e muito mais noção do uso dos computadores e da Internet em minha vida pessoal e profissional. Espero poder oferecer o mesmo para meus alunos.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

"O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que outras gerações fizeram"
Jean Piaget.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O texto  O cadáver na soleira de Maria Augusta é  do gênero interrogatório e não diálogo.
Na atividade abaixo colocamos em prática o conceito de esferas de atividade humana e sua relação com o gênero - DiÁLOGO, imaginando uma inusitada sequência de eventos em que um cadáver é encontrado na porta da casa de uma pessoa que acaba de acordar.

Por: Maria Augusta R. R. Lobo
Cadáver na Soleira da Porta
 
- Alô é da polícia?
- Sim, em que posso ajudá - la?
_ Moço, moço!!!!!Não sei o que faze tem um homem morto na porta de minha casa..
 
- Um homem morto?!!!
- É, por favor me ajude.Estou desesperada. O que faço?
- Fique calma e passe-me o endereço.
- Ai, meu Deus, não me lembro o nome da minha rua. Ai moço, eu não sei, não consigo lembrar.
- Acalme - se senhora.
- Lembrei!!!!!! Avenida da Saudade, número 125, ao lado do cemitério.
-Ok! estamos indo para aí..
A polícia chega.
- Como foi que aconteceu?
- Acordei e fui fazer a higiene e de repente ouvi tocar a campainha. Enxuguei o rosto rapidamente e fui ver quem era. Quando abri a porta ,  levei um susto: um cadáver na soleira da porta e...
-Mas , a senhora não viu ninguém na rua quando abriu a porta?
-Não, eu até olhei para ver se encontrava alguém, mas não havia ninguém mesmo.
Sargento Souza ordena:
- Soldado Fernando, ligue para o rabecão, pois precisamos mandar esse cadáver  para o IML para fazer a autópsia, enquanto eu e os outros soldados daremos uma volta nas redondezas para ver se localizemos alguma pista.
_ Está certo sargento.
Após alguns minutos.
_ Localizaram alguma pista?
- Não achamos nada.
- E eu sargento, posso entrar?
- Infelizmente não. A senhora deverá nos acompanhar até a Delegacia de Polícia para dar seu depoimento.
Na Delegacia de Polícia. O Delegado Bertolomeu diz ao escrivão Meneses:
- Escreva todas as informações detalhadamente, voltando-se para  mim :
- Senhora, diga -me o seu nome, idade e endereço fixo.
- Meu nome é Marinalda da Silva. Tenho 40 anos e moro na Avenida da Saudade, 125.Foi eu que encotrei o morto na porta de minha residência. O senhor...
-Eu já sei que foi a senhora que encontrou o cadáver.Agora só nos resta saber o culpado pela morte.Conte-me como tudo aconteceu.Desde o início que encontrou o cadáver caído na soleira de sua porta.
- Tudo bem senhor. Vou relatar o ocorrido com os detalhes,conforme o solicitado. Tudo começou por volta da 5h30min, quando eu havia levantado para trabalhar. Fui ao banheiro fazer as higienes quando ouvi soar a campainha. Enxuguei o rosto rapidamente e fui ver quem era.Quando abri a porta deparei -me com um defunto. Liguei para polícia imediatamente.
-Demorou para chegar até a porta?
- Mais ou menos, ainda estava um pouco sonolento. Cheguei à porta e destranquei a fechadura e abri a porta com cuidade. O senhor sabe né, cidade grande , é meio complicado.
_Atenha-se aos fatos.O que aconteceu em seguida?
-Vi um homem caído no chão junto à porta .Olhei para ver se havia alguém , mas não tinha ninguém.
-E, o que aconteceu? O homem disse alguma coisa?
-Não. Abaixei e toquei no homem , nesse momento, fiquei trêmula, pois percebi que estava morto.
- A senhora tem alguma coisa mais a declarar?
- Não senhor. Já relatei tudo que sabia.
- A senhora está dispensada.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Gênero de Texto: Interrogatório

Olá amigos leitores do "LEITURANDOS". Atualmente, nosso grupo está trabalhando com o gênero textual interrogatório. Cada um dos componentes ficou com a responsabilidade de escrever um texto com a mesma sequência de eventos, porém usando a criatividade em seu desenrolar. Leia, compare e reflita. Os textos ficaram bem interessantes e cada um seguiu um estilo próprio.

Por Wertânia Bastos (Gênero Textual: Interrogatório)

Cadáver na Soleira da Porta

Wertânia Bastos

Um cadáver de um homem de aproximadamente 65 anos foi encontrado em frente a uma soleira de porta. O corpo foi encontrado pela Dona de casa Maria da Luz Pinheiro, que é moradora da residência, situada à Av dos Irajás, nº 305 - Centro - Ilha Perdida - SP. O IML foi chamado para fazer o trabalho de perícia e a dona de casa foi levada à delegacia do 79º Distrito Policial para prestar depoimento, já que ela é a única testemunha do fato. Chegando à Delegacia, iniciou-se o depoimento:

_ A quanto tempo a senhora reside neste local?
_ A aproximadamente, 6 anos.
_ Qual a sua naturalidade?
_ Sou de Campina Grande - Paraíba.
_ A senhora é casada?
_ Não.
 _ Tem filhos?
_ Tenho 02. Um menino de 17 anos e uma menina de 14.
_ Conte-nos exatamente o momento exato que encontrou o cadáver.
_ Eu levantei às 04h:30 como de costume é fui ao banheiro. Tomei banho e depois fui trocar de roupa, pois pego o ônibus as 05H15 todos os dias para montar minha barraca na feira. Deixei o café pronto para quando as crianças acordarem. Elas pegam o ônibus escolar às 06h30. Aí fui até a porta e, ao abrir, dei de cara com um homem morto na porta da soleira. Aí eu fiquei desesperada, entrei e fechei a porta e liguei para vocês.
_ D. Maria, a senhora recebeu visitas durante à noite?
_ Não! Por quê?
_ Por nada, só uma pergunta. A senhora tem parentes em São Paulo?
_ Uma tia que mora no interior.
_ A senhora mantém contato com essa sua parente? Quando foi a última vez que a viu?
_ Nem lembro. Escute Doutor, não estou gostando do tom das suas perguntas. Até parece que sou eu a assassina e não a testemunha.
_ Calma, Dona Maria. Isso faz parte do interrogatório.
 
_ Pois eu não quero dar mais nenhum interrogatório, se não for na presença do meu advogado.
_ Ah! a senhora tem um advogado?
_ Não... quer dizer... todo mundo precisa de um... eu não tenho mais sei que tenho direito a um.
_ Dona Maria, por enquanto é só. Caso lembre-se de mais alguma coisa, por favor, nos procure.
_ Tá.

Dona Maria levantou-se, meio que apressada e foi embora. Porém, o delegado ficou intrigado com algumas questões e pediu que fosse informado o quanto antes sobre o laudo pericial que apontaria a causa da morte. Passados alguns dias, o Delegado Zaratustra soube que o homem, ainda desconhecido, fora assassinado com arsênico. Imediatamente, chamou uma viatura com dois policiais e dirigiu-se até a residência de D. Maria. Chegando lá, tocou a campainha e ela veio abrir a porta. Ao abrir, exclamou:
_ De novo???
_ D. Maria, a senhora está presa e tem o direito de permanecer calada. Tudo o que disser, será usado contra você no Tribunal.
 
Na Delegacia, D. Maria queria saber como o Delegado Zaratustra descobriu seu crime.
O Delegado informou que, os policias que atenderam a ocorrência notaram que dentro da casa da D. Maria, sob a mesa estavam várias garrafas de cerveja e dois copos. Notaram também que as camas estavam arrumadas, significando que não tinham sido usadas pelos seus filhos. Descobriram ainda que ela possui antecedentes criminais pelo assassinato de um homem com peixeira em Campina Grande e estava sendo procurada. Descobriram ainda que não existe tia dela morando em São Paulo e que este homem, de nome Yáscara Douglas era um turco que morava em São Paulo a aproximadamente 30 anos, casado e que Dona Maria trabalhava na loja de roupas dele, localizada no Brás. Descobriram ainda que os dois mantinham um relacionamento e encontravam-se sempre às madrugadas, na residência de D. Maria.
 
_ Seu delegado, vou confessar uma coisa pro senhor. Eu sou mesmo uma viúva negra. Homem pra mim tem que me sustentar. Matei o pai de meu filho na Paraiba, por que ele queria terminar tudo comigo e ficar com a mulherzinha dele. Matei com chumbinho. O Senhor precisava ver como ele ficou, pedindo para eu ajudá-lo, para eu não deixá-lo morrer. ahahahahahahah
 
_ E por que a senhora matou o Seu Habib?
_ Por que ele também queria me abandonar. Maldito turco! Unha de vaca! Fominha! Miserável! Olha Doutor. Eu queria fazer com ele igual eu vi a Nazaré Tedesco fazer com um taxista dentro da banheira de um motel: jogar um secador ligado. Mas o miserável não quis me levar pro motel. Falou que era bobagem gastar dinheiro. Aí eu pensei: vai ser aqui em casa mesmo. Coloquei arsênico dentro da bebida dele. Só que o safado, ao perceber que ia morrer correu, abriu a porta e caiu. Como ele era bastante gordo e pesado, deixei-o caído lá mesmo.
_ Quem é o pai de sua filha?
Não sei. Eu a roubei de uma maternidade em Campina Grande. Sabe Dr., não preciso de advogado algum. Eu mesma faço minha defesa e já vou logo avisando. Não vou passar muitos dias presa. E ao sair, vou fazer tudo de novo. AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH



Por Marli Geraldo (Gênero Textual: Interrogatório)

Isso pode acontecer a qualquer um... 
O Interrogatório.

Marli Geraldo

Duas horas  depois de um cadáver ser encontrado na soleira da sua porta, dona Magda presta depoimento na  44ª DP na zona Sul de São Paulo.

SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA

DELEGACIA DE POLICIA DO BREJO FUNDO

SÃO PAULO- SÃO PAULO



                      TERMO DE INTERROGATÓRIO.



Boletim de ocorrência policial de nº  366/2012.



Aos  treze dias do mês de abril do ano de dois mil de doze na  44 ª Delegacia de Polícia desta Comarca de São Paulo-SP, sita a Rua das Margaridas s/n – Zona Sul, às dez horas da manhã,  onde presentes se encontravam o delegado Dr. Leopoldo de Barros Lemos, comigo a escrivão (ã) Sra. Amélia de Souza Viriatto, o advogado plantonista Dr. Vespúcio Correia, antes de iniciada a qualificação da investigada pela Autoridade policial foram esclarecidos os seus direitos, passando-se ao interrogatório da Sr.  MAGDA VIEIRA SOUTO, residente e domiciliada nesta cidade portadora do RG. 28.987.990-0, Data de Nascimento: 09.03.1978, Filiação: Osni Bartolomeu de Oliveira e de Maria do Carmo de Oliveira, brasileiro (a), Natural de Mirante do Paranapanema, Profissão: Auditora da Receita Federal, cientificado (a) das imputações que lhe são feitas e interrogado (a) nos termos do Código Penal, Respondeu ao interrogatório abaixo citado, presidido pelo delegado de plantão:

- Qual é o seu nome completo?

- Meu nome...é Magda Vieira Souto.

- Qual a idade?

- Eu...bem tenho...34 anos.

- Qual a sua profissão dona Magda?

- Sou Auditora da Receita Federal.

- A que horas a senhora costuma acordar todos os dias?

- Acordo às sete horas, todos os dias.

- E o que aconteceu nesta manhã de treze de abril de 2012?

- Ah! estou muito nervosa preciso de um copo de água.

- Por favor, providenciem a água para a dona Magda.

- O que houve nesta manhã?

- Então Sr. Delegado como de costume eu acordei, olhei o relógio, levantei, fui ao banheiro escovar os dentes e minha campainha tocou...

- Sim, dona Magda, prossiga.

- Eu apressadamente sai do banheiro, fui até a porta e...estava lá um homem caído, morto!!!

- E o que aconteceu dona Magda?

- Eu abaixei, olhei em volta, mas não vi nada nem ninguém só aquele homem...

- A senhora tocou o cadáver?

- Não me lembro, não sei acho que sim, percebi que tinha um ferimento na cabeça, fiquei desesperada, corri para o telefone e liguei para a polícia.

- Dona Magda a senhora conhecia esse homem?

- Não! Nunca tinha visto este homem antes na minha vida.

- A senhora já foi assaltada dona Magda?

- Não...eu...não.

- Antes de ouvir a campainha a senhora recorda-se de mais alguma coisa? Algum barulho? Houve algum outro acontecimento estranho nesta manhã, qualquer coisa que possa parecer sem significado?

- Não sei delegado, acho que não, não lembro, só sei que tinha um cadáver na minha porta e não sei como ele foi parar lá.

-Muito bem dona Magda, a senhora será dispensada, após assinar o interrogatório. Se lembrar de alguma coisa qualquer coisa me liga. Toma aqui o meu cartão e não saia da cidade. Tem alguém acompanhando a senhora?

- Sim, uma amiga que telefonei e meu filho já deve ter chegado. Obrigada!

- Por enquanto é só dona Magda.

                                     

Por Marcelo Suwabe (Gênero Textual: Interrogatório)

Encontro Marcado

Marcelo Suwabe

- Então, Ditinha, é a pura verdade, tinha um cadáver caído na soleira da porta.
- Bem no dia do nosso aniversário de namoro. Não acredito. Você jura Jurandir?
- Juro. Pode olhá, o doutô delegado escreveu tudo aqui no papel.
- Então é por isso que você me deixô esperando. Deixa eu vê.


TERMO DE INTERROGATÓRIO

Às onze horas e trinta minutos do dia dezessete do mês de janeiro do ano de dois mil e doze, na 6 ª Delegacia de Polícia da Comarca de São Raymundo das Dores, onde presentes se encontravam o delegado Dr. Amarildo Diniz Paixão e o escrivão Sr. Olavo Baptista, para Procedimento Investigatório visando apurar supostos fatos ocorridos na Rua dos Carneiros, nº 12. Apresentou-se para depoimento o Sr. JURANDIR DAMASCENO PAIXÃO ESPÓSITO, declarando o que segue:
- que tem 25 anos e reside na Rua dos Carneiros, nº 12, há cerca de cinco anos;
- que trabalha como ajudante de pedreiro;
- que é solteiro, mas tem um relacionamento sério há 5 anos com Benedita Cornália Trancoso;
- que no dia 17 de janeiro de 2012, levantou-se um pouco mais cedo do que de costume, às 5:30 h da manhã;
- que se dirigiu ao banheiro para fazer a higiene matinal;
- que escutou a campainha tocar;
- que dirigiu-se à porta para atender;
- que ao abrir a porta, encontrou um homem caído na soleira;
- que olhou para os lados, mas não viu ninguém na rua;
- que abaixou-se para tocar o homem com os dedos e percebeu que se tratava de um cadáver;
- que correu para o telefone e fez uma ligação para a polícia;
Perguntado se queria declarar algo mais, o depoente nada mais quis acrescentar.

- Nossa Jurandir! Não é que é verdade. E eu pensando que você virô a noite com arguma rapariga. Inda bem que o delegado é seu tio.
- É verdade Ditinha, purisso que o atraso não foi maior. Depois que liguei pra delegacia, meu tio mandô logo dois policial pra porta de casa. Eles levaru o cadáver e pediru pra eu ir com eles até a delegacia.
- Que coisa!
- Tive que fazê a minha parte. Como você sabe, sou muito responsável.
- Ai Jurandir Paixão! É por isso que sou tão apaixonada por você. Tem paixão até no nome.

E mais uma vez, Benedita Cornélia acreditou (risos)...